terça-feira, 5 de julho de 2016

As seis partes da Norma de Desempenho

O que contém cada parte?


A Norma ABNT NBR 15.575:2013 é dividida em 6 partes. Além destas, existem disciplinas que permeiam todas as partes.















Como visto, a norma deve ser analisada como um todo, pois o estudo de uma única parte ficará com o entendimento comprometido se analisada fora do contexto geral. Uma observação importante sobre a norma é que ela tratará sempre dos sistemas enquanto seu desempenho em uso independente do material, e não identifica, aprova ou reprova nenhum material em específico.

Na primeira parte da norma, temos a descrição do contexto geral da norma, e são definidos os conceitos de desempenho, vida útil de projeto, manutenção, descrição dos papéis dos diversos envolvidos entre outros, e são também apresentados os requisitos que abrangem a edificação como um todo, como exemplo a implantação no terreno.

A segunda parte trata especificamente dos sistemas estruturais, onde traz os requisitos relativos ao tema. Aqui são referenciadas as demais normas técnicas específicas para cada tipo de estrutura, e ainda requisitos voltados a desempenho de uso, como exemplo a resistência das estruturas contra choques laterais de carros nas garagens.

A terceira parte, que trata de sistemas de pisos, engloba requisitos como desempenho acústico dos mesmos – como ouvir o salto do vizinho de cima ou morar sob a academia coletiva do prédio, estanqueidade entre unidades, resistência ao fogo, características dos materiais de revestimento, como exemplo o coeficiente de atrito das superfícies, de modo a evitar escorregamento dos usuários em um piso social do hall, molhado em um dia de chuva.

A quarta parte, de vedações verticais apresenta entre outros, requisitos de conforto térmico – baseados nas oito zonas bioclimáticas definidas para o Brasil, requisitos de acústica – tanto entre ambientes da edificação quanto com o exterior, de resistência a esforços laterais ou de cargas penduradas nas paredes, de segurança a fogo – como a resistência ao calor e a estanqueidade à fumaça.

Já a quinta parte, que trata das coberturas, preocupa-se com a estanqueidade e a resistência às intempéries e ao fogo, mas também apresenta requisitos como a durabilidade e a resistência das cores dos materiais expostos à radiação solar.

Por último, a sexta parte é voltada às instalações hidrossanitárias. Aqui, temos requisitos que tratam de segurança – metais com acabamento sem rebarbas ou pontas afiadas, são identificados limites para a força a ser aplicada para a abertura e fechamento, vazão de água, cuidados com ruídos na tubulação, entre outros.

Como visto, é uma norma abrangente e multidisciplinar, onde os diversos envolvidos deverão trabalhar em conjunto para que possamos ter como resultado uma melhoria contínua nas edificações habitacionais construídas no país.

Seu uso é obrigatório, logo quanto antes nos preocuparmos com sua aplicação, tanto mais corretos estaremos quanto às nossas responsabilidades!

#obralegal

Abraço, e até a próxima!

Barbara.

Saiba mais em:
O que é a Norma de Desempenho?
Você sabe se seu empreendimento /projeto /produto atende às Normas Técnicas?
Normas Técnicas - Você sabia que pode colaborar com sua elaboração?




Arquiteta e Gerente de Projetos, MBA, PMP e MRICS
20 anos de experiência no Desenvolvimento de Projetos no setor da Construção
4 anos de experiência em Auditoria, Gestão e Controle de Projetos de Engenharia e Construção na PwC
Atualmente exerce Consultoria Independente 
Entre em contato para apoiar no entendimento da Norma, e em como garantir seu atendimento!



Nenhum comentário:

Postar um comentário

Siga o Blog ObraLegal